A consequência da responsabilidade do consumo

Por Leonardo Motta

Até onde vai a responsabilidade pelas questões sociais das marcas? Até que ponto, nós, consumidores das marcas, somos também responsáveis pelas ações que tais produtores praticam. Esse questionamento traz à tona temas dos quais procuramos desviar o olhar por diferentes motivos, tais como a crueldade nas cadeias de produção e a “necessidade de consumo” que nos foram intrinsicamente ensinados a renegar.

No entanto, nem tudo está perdido e há luz no fim do túnel. Marcas de pequeno e médio portes têm se posicionado no mercado de maneira mais consciente para ajudar na circulação do consumo de modo responsável. Marcas de slow fashion (moda lenta) vêm ganhando visibilidade e espaço ao valorizarem os pequenos artesãos, promoverem a moda sustentável, com material de qualidade e durável, e reciclarem.
A responsabilidade social no mundo fashion ganha cada vez mais espaço nas conversas de consumidores, que estão se tornando mais conscientes acerca de sua pegada ecológica. Grandes marcas de departamento, adeptas do fast fashion (moda rápida), por exemplo, passaram a ser criticadas pelo fato de não demonstrarem preocupação com as questões sociais nos últimos anos, como o trabalho análogo ao de escravo, superprodução de roupas de baixa qualidade e incentivo ao consumo desenfreado. Tais críticas tem contribuído para que essas gigantes do mercado comecem a analisar suas condutas produtivas frente à sociedade e ao planeta.
Muito tem sido feito, mas ainda temos um longo caminho até a revolução produtiva e social que tanto queremos. E você, consumidor, tem e sempre terá voz nesse processo. A transformação/mudança que queremos está nos passos diários que alcançamos rumo a uma cadeia de fabricação/produção mais responsàvel.
Quem é você no consumo da moda? Conta pra gente.

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